domingo, 28 de novembro de 2010

SEJA UM IDIOTA - Arnaldo Jabor



Um texto maravilhoso do Jabor!

SEJA UM IDIOTA - Arnaldo Jabor


A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz!

A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias . inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas.... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche"


Arnaldo Jabor

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ENQUANTO HOUVER AMIZADE - Albert Einstein


ENQUANTO HOUVER AMIZADE...

Pode ser que um dia deixemos de nos falar.
Mas, enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe.
Mas, se a amizade permanecer, um do outro há de se lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos.
Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos.
Mas, se ainda sobrar amizade, nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe.
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
cada vez de forma diferente,
sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos
e nos lembraremos pra sempre.
Há duas formas para viver sua vida.
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar, que todas as coisas são um milagre.

(Albert Einstein 1879-1955)

PARA VIVER UM GRANDE AMOR - Vinícius de Moraes



PARA VIVER UM GRANDE AMOR (por Vinícius de Moraes)
"Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva obscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor."
Vinícius de Moraes

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

QUE EU NÃO PERCA...

Que eu não perca...

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam. Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas. Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu. Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia. Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado. Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...


E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois....


A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!

O RIO E A ÁRVORE




O Rio e a ÁrvoreUm estreito córrego, límpido e cristalino, desce de uma montanha, entre margens floridas, sobre leitos de pedrinhas brancas.
Pouco a pouco encontra outros riachos e curioso, indaga:
-Onde vão?
Os outros igualmente novos e inexperientes, respondem:
-Não sabemos.
-Vamos juntos então?
-Vamos! Mas onde nos quer levar?
-Também não sei. Iremos seguindo para ver onde acabará essa nossa carreira pela montanha abaixo.
Reunindo-se, lá se vão cantando satisfeitos, refletindo em suas águas o céu azul, os passarinhos que voam e as flores singelas que se debruçam em suas margens.
Depois, já no fundo da montanha, continuam seguindo por vastos campos cultivados.
Já mais práticos da vida, quando encontram alguma nova correntezinha, convidam a segui-los. Contam os benefícios feitos ao longo do caminho: um moinho posto em movimento, pequenas canoas transportadas de um lugar para outro, terras fertilizadas… E o novo companheiro reúne-se a eles, e a corrente canta mais alegre e corre mais rápida, animada pelo bem já feito, mas ignorando ainda qual será o seu destino.
Entra então numa grande florestas. Já é um caudaloso rio. Em suas margens, o sopro da brisa, grandes árvores agitam seus longos ramos e conversam baixinho.
Entre elas, o rio percebe a presença de uma árvore mais grossa, grande, copada que parece ser a avó da floresta.
Volta-se para ela e pergunta-lhe:
-Boa árvore, quererá informar-me até onde continuarei essa minha carreira? Ela não me desagrada, mas afinal, estou ansioso por saber como isto acabará. A senhora que já viveu mais do que eu, talvez me possa dar uma resposta satisfatória.
-Tem razão. Tenho vivido muito e posso lhe responder com toda a certeza:
-Todos os rios vão ter no mar.
-Assim, ainda mesmo que eu não me tivesse unido a outros riachos, haveríamos de nos encontrar no mar?
-Certamente.
-É pena então termos vindo juntos. Se corrêssemos separados, cada qual poderia contar coisas diferentes, vistas pelo caminho. Assim passaríamos o tempo mais divertido!
-Não. Fazem muito bem! Se não estivessem reunidos não teriam feito andar as rodas dos moinhos, não teriam transportado tantas e tão grandes embarcações. Fazem bem! Ninguém deve viver isolado. O bem, feito em comum tem mais resultado.
-Mas – volta-se o rio admirado – onde aprendeu todas essas coisas?
-É a brisa, que vem de todas as partes que me conta tudo o que vê.
-Não se aborrece de estar sempre no mesmo lugar?
-Oh, não! A maior felicidade é poder fazer bem aos outros. Desde pequena abrigo em meus galhos muitos ninhos; famílias e famílias de passarinhos viveram em meus ramos; muitos caminhantes descansaram à minha sombra, meus rebentos secos alimentam o lume nas cabanas dos pobres lenhadores; minhas flores perfumam a floresta. Que mais pode desejar uma árvore para ser feliz? Muitas de minhas companheiras foram transformadas em mastros de navios. Talvez as encontre pelo mar…
-Obrigado! Boa árvore, por tudo o que me disse. Vou continuar meu caminho, pois tenho de chegar ao mar.
Quando encontrar os grandes navios, lembrar-me-ei das árvores empregadas na sua construção. Pedirei às ondas que embalem suavemente os barcos dos pescadores para que não se quebrem nos rochedos.
O rio caudaloso continua o seu curso. A velha árvore ainda continua pensando que a maior felicidade consiste em viver fazendo o bem aos outros.

(Texto: Lúcia Paixão Passos, Walda Paixão Lopes da Costa e Walesca Paixão)

domingo, 21 de novembro de 2010

Bula do Viagra

Bula do Viagra (autoria atribuída a Luis Fernando Veríssimo)

- Vai, Horácio. Toma logo.
- Eu não tomo nada sem antes ler a bula. Cadê meus óculos?
- Pendurados no seu pescoço.
- Isso é ridículo, Maria Helena. Ridículo!!!
- Então, todos os homens da sua idade são ridículos. Pq todos estão tomando! E não puxa esse lençol, fazendo o favor. Olha aí o bololô que você me faz nas cobertas!
- A humanidade conseguiu crescer e se multiplicar durante milênios sem isso. Nós dois crescemos e nos
multiplicamos sem isso. Taí o Pedro Paulo, taí o Zé Augusto que não me deixam mentir. Fora aquele aborto que você fez.
- Horácio, eu não vou discutir isso com você agora. Toma logo esse negócio.
- Isso aqui faz mal pro coração, sabia? Um monte de gente já morreu tentando dar uma trepadinha farmacêutica.
- Foi por uma boa causa. E não faz mal coisa nenhuma. Só pra quem é cardíaco e toma remédio. Você não é cardíaco. Nem coração você tem mais.
- Não começa, Maria Helena, não começa.
- Pode ficar sossegado que você não vai morrer do coração por causa dessa pilulinha. Eu vi num programa do GNT um velhinho de 92 anos que toma isso todo dia.
- Sério?
- Preciso de sexo, Horácio.
- Mas hoje é segunda, Maria Helena...
- Quero trepar!!! xxxx!!! Ser comida por um macho de pau duro!!!
- Francamente, Maria Helena, que boca. Parece que saiu da zona.
- Quero ser penetrada, quero gozar.
- O sexo é uma ditadura, Maria Helena A gente tá na idade de se livrar dela.
- Saudades da dita dura. Olha só, você me fez fazer um trocadilho de merda.
- Além do mais, Maria Helena, nós já tivemos um número mais do que suficiente de relações sexuais na vida, por qualquer padrão de referência, nacional ou estrangeiro. A quantidade de esperma que eu já gastei nesses anos todos com você dava pra encher a piscina aqui do prédio.
- Com o esperma que você ordenhou manualmente, talvez. O que o senhor gastou comigo não daria nem pra encher o bidê aqui de casa. Um penico, talvez. Até a metade.
- Maria Helena...
- E faz quase um ano que não pinga
uma gota lá dentro!
- Sossega o facho, mulher. Vai fazer ioga, tai chi chuan. Já ouviu falar em feng shui, bonsai, shiatsu ? Arranja um cachorro. Quer um cachorro ? Um salsichinha?
- Quero um salsichão, Horácio. Olha aí: outra piadinha infame.
- É porque você está com idéia fixa nessa porcaria.
- Que porcaria?
- O sexo, Maria Helena, o sexo.
- Sabe o que mais que deu naquele programa sobre sexo, Horácio?
- Não estou interessado.
- Deu que as mulheres com vida sexual ativa têm muito menos chance de ter câncer. É científico.
- Come brócolis que é a mesma coisa, Maria Helena. Protege contra tudo que é câncer. Também é científico, sabia? E puxado no azeite, com alho, fica uma delícia.
- A que ponto chegamos, Horácio. Eu falando de sexo e você me vem com brócolis puxado no azeite!
- Com alho.
- Faça-me o favor, Horácio.
- Maria Helena, escuta aqui, você já tem 50 anos, minha filha, dois filhos adultos, já tirou um ovário, já...
- Não fiz 50 ainda. Não vem não. E o que é que filho e ovário têm a ver com sexo?
- Maria Helena, me escuta. Depois de uma certa idade as mulheres não precisam mais de sexo.
- Ah, não? Quem decidiu isso?
- Sexo nessa idade é pras imaturas. Pras deslumbradas, pras iludidas que não sabem envelhecer com dignidade. - Prefiro envelhecer com orgasmos
- O que é que o Freud não diria de você, Maria Helena.
- E de você, então, Horácio? No mínimo, que você virou gay depois de velho. Boiola.
- Maria Helena! Faça-me o favor. Eu tenho que ouvir isso na minha própria casa, na minha própria cama,diante da minha própria televisão?
- Aliás, gay gosta de trepar. É o que eles mais gostam de fazer. Você virou outra coisa, sei lá o quê. Um pingüim de geladeira, talvez.
- Maria Helena, dá um tempo, tá? Tenho mais o que fazer.
- Fazer? Essa é boa. O que é que um bancário aposentado com salário integral tem pra fazer na vida, posso saber? Ficar jogando bilhar a tarde inteira?
- Sem comentários, Maria Helena, sem comentários.
- Tá bom, sem comentários. Bota os óculos e lê duma vez essa bendita bula.
- Só que precisa de dois óculos pra ler isso. Olha só o tamanhico da letra. Se é um negócio pra velho, deviam botar uma letra bem grande.
Pelo menos isso..
- Vira o foco do abajur para cá... assim... melhorou?
Abaixa essa televisão também. Não consigo me concentrar ouvindo novela. Mais. Mais um pouco.
- Pronto, patrãozinho. Sem som. Vai, lê duma vez.
- O princípio ativo do medicamento é o citrato de sildenafil.
- Sei.
- Veículos excipientes: celulose microcristalina...
- Celulose vem da madeira. Pau, portanto. Bom sinal.
- Onde foi parar a sua pouca educação, Maria Helena?
- Vai lendo, Horácio. Depois conversamos sobre a minha pouca educação..
- Cros... camelose sádica. Croscamelose. Castrepa, Maria Helena. Me recuso a tomar um troço com esse nome. Deve ser alguma secreção de camelo. Se não for coisa pior.
- Não é camelose. Num tá vendo aí? É caRmelose. Deve ser algum adoçante artificial. Pro seu pau ficar doce, meu bem.
- Putz. Só rindo mesmo. A menopausa acabou com a sua lucidez, Maria Helena.
- Troco toda a lucidez do mundo por um pau tinindo de tesão por mim.
- Absurdo, absurdo.
- Que mais, que mais, Horácio?
- Dióxido de titânio.
- Ah, titânio. Pro negócio ficar bem duro.
- índigo carmim....
- índigo? Deve ser o que dá o azul da pilulinha.
- Será que esse negócio não vai deixar o meu pau azul, Maria Helena?
- E daí, se deixar? Você não sai por aí exibindo o seu pênis, que eu saiba. Ou sai?
- Mas, e se eu for a um mictório público? o que é que o cara ao lado não vai pensar do meu pinto azul?
- Diz que você é um alienígena, ora bolas. Que o seu corpo está pouco a pouco se adaptando à Terra, que ainda faltam alguns detalhes. Ou explica que você é um nobre, de sangue e pinto azul. Ou não diz nada, ora bolas. Acaba de mijar, guarda o pinto azul e vai embora, pô.
- Escuta. Agora vem a parte que explica como esse petardo funciona.
- Isso. Quero ver esse petardo funcionando direitinho.
- Presta atenção. 'O óxido nítrico, responsável pela ereção do pênis,ativa a enzima guanilato ciclase, que, por sua vez, induz um aumento dos níveis de monofosfato de guanosina cíclico, produzindo um relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos do pênis e permitindo assim o influxo de sangue:' Cacete. Corpos cavernosos Já pensou, Maria Helena? Corpos cavernosos sendo inundados de sangue? Puro Zé do Caixão.
- Corpo cavernoso só pode ser herança do homem das cavernas. Vocês homens evoluem muito lentamente.
- Pára de viajar, Maria Helena. Parece que fumou maconha.
- Não era má idéia. Pra relaxar. Vou roubar do Pedro Paulo. Eu sei onde ele esconde. Podíamos fumar juntos.
- Eu já tô relaxado. Tô até com sono, pra falar a verdade.
- Lê, lê, lê, lê aí. Você já dormiu tudo a que tinha direito nessa vida.
- Vou ler. 'Todavia, o sildenafil não exerce um efeito relaxante diretamente sobre os corpos cavernosos..:'
- Não?
- Não, Maria Helena. Ele apenas 'aumenta o efeito relaxante do óxido nítrico através da inibição da fosfodiesterase, a qual' - veja bem, Maria Helena, veja bem - 'a qual é a responsável, pela degradação do monofosfato de guanosina cíclico no corpo cavernoso?'. Ouviu isso?
- Degradação, Maria Helena. Dentro dos meus próprios corpos cavernosos. Degradante..
- Degradante é pau mole.
- Olha o nível, Maria Helena! Olha o nível!! Vamos ver os efeitos colaterais. Olha lá: dor de cabeça. Você sabe muito bem que se tem uma coisa que eu não suporto na vida é dor de cabeça..
- Na cultura judaico-cristã é assim mesmo, Horácio.. Pra cabeça de baixo gozar, a de cima tem que padecer.
- Não me venha com essa sua erudição de internet, Maria Helena. Estamos off-line.
- Deixa de ser criança, Horácio. Se der dor de cabeça você toma um Tylenol, reza uma ave-maria, canta o 'Hava Naguila' que passa.
- Outro efeito colateral: rubor. Rá, rá. Vou ficar com cara de quê, Maria Helena? De camarão no espeto?
- Se for camarão com espeto, tá ótimo. Que mais, que mais?
- Enjôos. Ó céus! Enjôos...
- Você sempre foi um tipo enjoado, Horácio. Ninguém vai notar a diferença.
- Vamos ver o que mais... hum.. dispepsia. Que lindo. Vou trepar arrotando na sua cara.
- Você me come por trás. Arrota na minha nuca.
- É brincadeira... É essa a sua idéia de amor, Maria Helena?
- Isso não tem nada a ver com amor, Horácio. Já disse: é profilaxia contra o câncer. E arrotar, você já arrota mesmo o dia inteiro, sem a menor cerimônia. Na mesa, na sala, em qualquer lugar.
- Como se você não arrotasse, Maria Helena.
- Mas não fico trombeteando os meus arrotos. Isso é coisa de machão broxa. Em vez de trepar com a esposa, fica arrotando alto pra se sentir o cara do pedaço.
- Como você é simplória, Maria Helena, como você é... menor. Desculpe, mas acho que o seu cérebro anda encolhendo, sabia? Ou mofando. Ou as duas coisas.
- Vai, Horácio, chega de conversa mole. E de pau idem. Pula os efeitos colaterais.
- Como , 'pula os efeitos colaterais'? É porque não é você quem vai tomar essa meleca, né? Vou ler até o fim. Os efeitos colaterais são a parte mais importante. Olha lá: gases. Que é que tá rindo aí?
- Do efeito cu-lateral. Desculpa. Esse foi de propósito. Não agüentei..
- Admiro seu humor refinado, Maria Helena. Torna você uma mulher tão mais sedutora, sabia?
- Obrigada, Horácio.'Agora, quanto aos seus gases, pode relaxar o esfíncter, meu filho. Numa boa. Tô tão acostumada que até sinto falta quando estou sozinha. Sério. Fico pensando: Ah, se o Horácio estivesse aqui agora pra soltar uma bufa de feijoada com cerveja na minha cara...
- Maria Helena, qualquer dia você vai
ganhar o Oscar da vulgaridade universal.
- Vou dedicar a você.
- Vamos ver que mais temos aqui em matéria de efeitos colaterais. Ah! Congestão nasal. Que gracinha. Vou ficar fanho, que nem o Donald.
Qüém,qüém. Qüém.
- Um pateta com voz de pato. Perfeito.
- Ridículo. Absurdo. Idiota.
- Ridículo você já é, Horácio. E quem não é? Além do mais, é só calar a boca que você não fica fanho.
- Ah, tá. E se eu quiser falar alguma coisa na hora?
- Você não diz nada de interessante há mais de dez anos, Horácio. Vai dizer justo na hora de trepar?
- Eu não nasci para dizer coisas interessantes a você, Maria Helena.
- Já percebi.
- Hum. Ouve só; diarréia!
- Quê?
- É outro efeito colateral dessa bomba aqui. Fala sério, Maria Helena.
Isto aqui é um veneno. Não sei como eles vendem sem receita.
- Deixa de ser pueril, Horácio. Magina se alguém vai ter todos os efeitos colaterais ao mesmo tempo. No máximo um ou dois.
- A caganeira e os arrotos, por exemplo? Ou a ânsia de vômito e os gases?
- Faz um cocozinho antes. Pra esvaziar! Agora, Horácio. Eu espero.
- Eu não estou com vontade de fazer cocozinho nenhum, Maria Helena.
Faça-me o favor. E olha aqui, mais um efeito colateral: visão turva.
- Você bota os seus óculos de leitura. E que tanto você quer ver que já não viu?
- Maria Helena, você não entendeu? Essa droga perturba seriamente a visão. Vou ficar cego por sei lá quantas horas, quantos dias. E tudo por causa de uma reles trepadinha? E se a minha visão não voltar? Vou andar de bengala branca pro resto da vida?
- Pode deixar que eu guio a sua bengala, Horácio. Olha, pensa no lado bom da cegueira: você vai poder me imaginar 20 anos mais moça. Trinta, se quiser.
- Maria Helena, desisto. Não vou tomar essa porcaria e tá acabado.
- Dá aqui essa cartela, Horácio. Abre a boca. Pronto. Engole. Olha a água aqui. Isso. Que foi? Engasgou, amor?! Tosse pra lá,
ô! Me borrifou toda! Que nojo! Quer que bata nas suas costas? Ai, meu Deus! Horácio? Você está bem ? Respira fundo! Isso, isso... E aí, amor? Melhorou? Morrer afogado num copo d'água ia ser idiota demais, até prum cara como você.
- Arrr
! E com essa pílula monstruosa entalada na garganta, ainda por cima! Ufff! Me dá mais água
- Quanto tempo isso aí demora pra fazer efeito?
- Isso aí o quê? - A pílula, Horácio, a pílula.
- E eu sei lá?
- Vê na bula, Horácio. - Hum... tá aqui: 30 minutos.
- Ótimo. Dá tempo de ver o fim da minha novela.

Quem Mexeu no Meu Queijo? - Spencer Johnson

Um livro sobre o medo que sentimos das mudanças em nossas vidas!

Quem Mexeu no Meu Queijo? - Spencer Johnson

Resumo do livro:

"O livro inicia-se com o autor fazendo algumas explicações sobre os personagens, afirmando que os ratos seriam as partes simples do ser humano e os duendes as partes complexas. Em seguida há um grupo de ex-colegas em uma reunião discutindo as mudanças em suas vidas e como lidaram com elas. Então começa a história, contada por um dos participantes dessa reunião. Em um labirinto estavam dois ratos e dois duendes, que viviam em uma busca constante de queijo, todos os dias eles vestiam seus tênis e saiam a procurar. Os humanos eram mais racionais e os ratos mais instintivos. Um dia eles encontraram uma enorme montanha de queijo que ficava em um local chamado posto “C”.Após esta descoberta os ratos continuavam suas rotinas normais, todos os dias calçavam seus tênis e saiam correndo até o Posto “C”, revisavam o local para ver se não havia nenhuma mudança, já os duendes abandonaram seus tênis, começaram a acordar tarde, e caminhar bem devagar até o Posto “C”.Um dia o queijo havia desaparecido, os ratos que já estavam notando que esse queijo estava diminuindo dia após dia saíram correndo a procura de um novo ponto, já os duendes que não notavam essas mudanças ficaram surpresos. Como o queijo era muito importante eles ficaram muito tempo pensando no que havia acontecido, e ao invés de buscar uma solução ficavam reclamando dizendo que isso não era justo. Durante muito tempo os duendes saiam todos os dias, assim como faziam antes e iam até o posto “C”, imaginando que o queijo voltaria para lá, o que não acontecia. Até que Haw não disse para analisarem a situação, e que o queijo não iria mais voltar, e o que deviam fazer era buscar um novo queijo, mas Hem não queria acreditar que algo havia mudado e que eles deviam mudar também. Não achava justo depois de tanto esforço para acharem aquele queijo, teriam que se arriscar novamente naquele labirinto. Enquanto isso os ratos que haviam percebido a mudança e saído a procurar, degustavam o novo queijo encontrado no ponto “N”. Hem, totalmente pessimista continuou no ponto “C”, mas Haw que já havia percebido a mudança enfrentou o medo e saiu a procurar um novo queijo e começou a sentir o gosto da aventura novamente e se imaginava saboreando um novo queijo e isso o incentivava a continuar. No final Haw depois de muito esforço, encontrou um novo queijo e ficou torcendo para Hem que ficara no Posto “C”, percebesse a mudança e trocara de lugar assim como o queijo."

FÉRIAS! - Marian Keyes

Um livro também muito divertido da mesma autora de Melancia é: Férias! Esse é tão ou mais divertido que o primeiro, mas também emociona... Vale a pena ler!

Veja aí o resumo do livro Férias! de Marian Keyes:

"Rachel é uma mulher com problemas. Vários. Mas a questão é que a única pessoa que não pensa assim é ela própria. Imagina que tem uma vida ótima e seu maior problema é calçar 40. O fato de beber além da conta e se drogar de vez em quando, é apenas algo para curtir a vida da melhor forma possível. Achava-se uma pessoa de muita sorte. E, além de tudo, ainda tinha um namorado que a adorava. Dessa forma, internar-se em uma clínica de desintoxicação era algo totalmente fora de propósito, mas no dia em que quase morreu e deixou todos preocupados, seu pai decidiu que não havia outra coisa a fazer a não ser interná-la. No início, tudo parecia uma festa, e a clínica parecia um SPA onde todos iriam divertir-se. Rachel recusava-se a admitir que estava com sérios problemas. A convivência com pessoas com problemas, aparentemente, tão graves como os seus e a vontade de muitos em saírem dali curados, a fez passar a ver a vida de um jeito diferente. Talvez seus pais, amigos e, principalmente, seu namorado tivessem razão. Talvez precisasse de ajuda. O que no ínicio parecia apenas uma brincadeira, ganha um lado sério e Rachel passa a encarar de frente seus problemas. Admite que, na vida, as coisas nem sempre são fáceis e que não há porquê fugir delas; que viver em festas, bebendo além da conta e se drogando, não a estavam levando a nenhum lugar e ainda deixando todos aqueles que a amavam muito preocupados. Finalmente, resolve dar a volta por cima e a história acaba tendo um final surpreendente. É impossível não torcer para que tudo acabe bem no final e que Rachel consiga realmente ser feliz."

Melancia - Marian Keyes


Um livro maravilhoso que vale a pena ler é Melancia o primeiro livro de Marian Keyes. Quando comecei a ler esse livro não esperava me divertir tanto com ele! Melancia é uma rara surpresa da literatura estrangeira da atualidade. A autora irlandesa tem vendido muito no Brasil, mas também na Europa e nos Estados Unidos claro! Nesse livro ela mostra a vida de uma mulher na faixa dos 30 anos em meio a personagens super engraçados. A história é repleta de comentários hilários e feministas, além de críticas aos comportamentos masculinos feitos pela protagonista Claire. O livro apesar de ser considerado "água com açúcar", trás uma leitura deliciosa, despretenciosa e divertida. Vale a pena ler!

Melancia – Marian Keyes

Resumo do Livro:

"Melancia é um romance sobre a arte de manter o bom humor mesmo nos momentos mais adversos.
Com 29 anos, uma filha recém-nascida e um marido que acabou de confessar um caso de mais de seis meses com a vizinha também casada, Claire uma garçonete, se resume a um coração partido, um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia, e os efeitos colaterais da gravidez, como, digamos, um canal de nascimento dez vezes maior que seu tamanho normal!
Nada tendo em vista que a anime, Claire volta a morar com sua excêntrica família: duas irmãs, uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; a mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha; e o pai, à beira de um ataque de nervos. Após passar alguns dias em depressão, bebendo e chorando, Claire decide avaliar os prós e contras de um casamento de três anos. É justamente nessa hora que James, seu ex-marido, reaparece. Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa.
Em meio a muitas lágrimas, depressão e bebedeiras, Claire refaz a vida e se interessa por Adam - boa pinta, inteligente e, claro, supersensível. O problema é que ela acha que Helen - a irmã demolidora de corações - está apaixonada, pela primeira vez, pelo tal galã e não quer magoá-la.Cada capítulo do livro parece o episódio de uma Sitcom - Situation Comedy - ou mesmo um folhetim de alguma novela das seis. O enredo gira em torno de coincidências, segredos que só se revelarão no último capítulo, um audacioso plano de vingança e uma lição de moral: o que não mata fortalece, desde que a desgraça seja encarada com o mínimo de senso de humor. Bom para você ler quando estiver triste."

Montanha-Russa - Martha Medeiros

Essa escritora Gaúcha é sensacional! Adoro suas crônicas desse livro Montanha-Russa! Vale a pena ler e se divertir!


Montanha-Russa - Martha Medeiros

Resumo do livro:

"Escritos no estilo rápido, direto e esperto, e com toda a sinceridade, franqueza e irreverência que conquistaram milhares de leitores, estes textos de Martha Medeiros tratam dos mais variados assuntos e aspectos do cotidiano. Do olhar sobre as coisas mais corriqueiras a pensamentos e reflexões inconfessáveis e politicamente incorretos, a autora fala das nossas aspirações, da preocupação com a carreira, com a passagem do tempo, do desgaste do amor, do ciúme, do lado obscuro do ser humano e da dificuldade de conciliar diferentes aspectos da existência e da personalidade - temas tão universais quanto profundos."

PELAS PORTAS DO CORAÇÃO - Zíbia Gasparetto


PELAS PORTAS DO CORAÇÃO - por Zibia Gasparetto -

Viver... ,

É ter consciência da realidade que se esconde atrás da aparência. É ver além dos cinco sentidos.
É enxergar com os olhos da alma... A vida materializa nossos pensamentos. Conforme acreditamos, ela se torna. Cultivando medo, a falta de amor, o egoísmo e a descrença.
Não é esse o caminho. As pessoas querem, mas suas atitudes revelam o oposto. Para receber é preciso primeiro dar. Para atrair é preciso irradiar.
Essa é a força da vida. Se Deus colocou tanta beleza, tanta vida, tanta alegria e perfume em simples flores, o que não terá feito com o Homem?!?
Deus sempre faz o melhor. ELE nos deu beleza, sentimento, alegria, bondade e possibilidade de escolher.
A dor, o sofrimento, a maldade, o ódio, a ignorância vem da nossa necessidade de perceber. Deus permite o contraste para que possamos enxergar claro. De que adiantaria acender uma luz na claridade? É nas trevas que ela é percebida.
Sem a tristeza, a alegria não seria apreciada. Sem a carência a abundância não teria significado.
Somos todos crianças na "escola da vida". Durante nossa "infância", precisamos experimentar para ganhar senso de
r e a l i d a d e... O sofrimento é pano de fundo para que o bem seja notado. Baseado na perfeição de Deus: A natureza nos ensina isso.
Basta olhar Não lhe parece que um Deus tão extraordinário, tão criativo, que colocou tanta beleza, tanto perfume na simplicidade de uma flor, que enfeitou nosso mundo com um céu tão azul, um mar tão belo, tudo para nos fazer felizes, só nos destina à FELICIDADE e à ALEGRIA... (?!?)
A dor serve para nos levar aos cuidados da preservação. É um alerta que nos adverte que algo não está bem. Sem ela, não teríamos referencial.
O CAMINHO QUE TE LEVARÁ À FELICIDADE COMEÇA EM VOCÊ!

sábado, 20 de novembro de 2010

AMIGO É...


Amigo...

é uma pessoa querida, com a qual podemos pensar em voz alta...
é um anjo protetor que nos abriga em suas asas doces e aconchegantes...
é a melhor coisa que Deus nos deu!
Difícil querer definir o que se chama de amigo.

Amigo é quem te dá um pedacinho do chão,
quando é de terra firme que você precisa ou um pedacinho do céu,
se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta,
coração pulsante costas largas.
É quem tentou e fez,
e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu.

É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de
compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz.
É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você.
É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela
compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir".
É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas
águas agitadas.

É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e
saber que a perfeição é utopia.
É o sol que seca suas lágrimas,
é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.

Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp,
acompanha suas vitórias,
faz piada amenizando problemas.
É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você.

É quem sabe que viver é ter história pra contar.
É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu
sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos.
É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.

Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não,
pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas.
É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica,
com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos.

Amigo é multimídia.

Olhos...amigo é quem fala e ouve com o olhar,
o seu e dele em sintonia telepática.
É aquele que percebe em seus olhos... desejos, disfarces, alegria, medo.

É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma
quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar,
e é quem tem uma palavra sob medida
quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior.

É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante,
com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má
interpretação: amigo é quem te ama "e pronto".
É verdade e razão, sonho e sentimento.

Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista..."

(Desconheço o autor)

EU ADORO VOAR! - Clarice Lispector

por Clarice Lispector...



Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR! (Clarice Lispector)

CICLO DA VIDA - Charles Chaplin


A vida deveria ser de trás para frente...
Chaplin já tinha pensado nisso! rsrs...

CICLO DA VIDA (por Charles Chaplin)


"A coisa mais injusta sobre a vida, é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.Nós deveríamos morrer primeiro, se livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando... E termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito???"
(Charles Chaplin)

FELIZ ANO VELHO - Marcelo Rubens Paiva

O livro "Feliz Ano Velho" de Marcelo Rubens Paiva é um dos livros que mais gostei de ler. Um livro autobiográfico onde ele conta um pouco do acidente que o deixou paraplégico e que nos faz repensar a vida e as coisas que devemos dar valor.

Vale a pena ler...




Veja aí o resumo do livro:


"Marcelo e alguns amigos foram aproveitar o calor, o sol, em uma cachoeira. Grita alegre que iria procurar um tesouro e pula estilo Tio Patinhas quando pula na sua piscina de moedas. Local raso e ele bate a cabeça no fundo ficando por algum tempo ouvindo um zumbido, sem nada entender. Não consegue mexer braços e pernas, tem consciência que pode morrer afogado e procurar evitar respirar para boiar. Sua mente trabalha rápida e pensa em várias coisas até filmes que assistiu em total pressa de encontrar uma solução, brinca inclusive com a possibilidade da morte. Quase desistindo sente o ar, alguém o tirou da água, colocam em pé, mas ele não fica, muito sangue sai de sua cabeça e vendo o quanto era sério os amigos o levam para um hospital. Momentos de intenso desespero, para ele e todos que estavam ao seu lado inclusive o corpo médico. Daí em diante Marcelo passa por momentos intensos de reflexão, revive como em uma tela de cinema o filme de sua vida. Detalhes antes irrelevantes tomam uma grande dimensão. Dia após dia aguardando uma melhora e o entendimento de sua situação real, as horas que não passam o conversar com uma rachadura na parede, pois era só o que via por muito tempo, pois não podia ser virado. Uma completa dependência, uma infeliz coceira que precisa contar com o carinho da enfermagem. Um dia uma feliz notícia, ele já pode sair do CTI e no quarto recebe visitas de amigos, irmãos e sua mãe, mulher forte que está ao seu lado desde o dia do acidente. Uma ponta de felicidade em tanta amargura. Continua a reflexão de sua vida, o repensar dos sonhos, a mudança das certezas para o ano que em breve se inicia. O Natal está perto, seus amigos não faltam, o ano novo chega, e para ele é difícil encarar a grande verdade, a possibilidade de nunca mais andar. Tão novo, tanta esperança, tanta vontade de viver e agora....por uma brincadeira uma tragédia. Conhecia os turnos, a disposição, o modo de estar de cada enfermeiro (a), seus grandes amigos. Tem pela frente dias de intensos exercícios e tratamentos, mesmo em uma cadeira de rodas é preciso os exercícios. E sua mente, essa não está paralisada, e chorando o passado é preciso definir seu futuro. Tanto tempo no ambiente hospitalar, tantas histórias, tanta dor e tanta alegria passaram pela sua frente. Nada resta fazer, apenas desejar a si mesmo um FELIZ ANO VELHO, pois não terá um novo. Após um ano, muitas mudanças, as pernas agora são redondas, muitos e maravilhosos amigos, antigos amigos, família, mais magro, com barba, não sabe se estaria melhor morto, não quer pensar, e tem muita insônia. Nestas insônias, sempre uma lembrança: O grito da busca do tesouro, o salto Patinhas, o Zumbidooooooooooooooo."

O Monge e o Executivo - James C. Hunter

O autor do livro "O Monge e o Executivo", James C. Hunter, através dos seus personagens, ao mesmo tempo: simples e fascinantes, apresenta questões essenciais para melhorar nossa capacidade de liderar e conviver com as pessoas de forma harmoniosa e sem preconceitos. Assim ao tomarmos para nossa vida esses ensinamentos, aprendemos a sermos melhores e quem sabe até chegarmos ao sucesso na vida pessoal e profissional!



O Monge e o Executivo - James C. Hunter. Resumo do Livro:



"Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, é o personagem central desta envolvente história criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes. Com uma narrativa envolvente, ‘O Monge e o Executivo’ conta a história de John Daily, um homem de negócios bem sucedido que percebe, de repente, que está fracassando como chefe, marido e pai. Numa tentativa desesperada de retomar o controle da situação, ele decide participar de um retiro sobre liderança num mosteiro beneditino, comandado pelo frade Leonard Hoffman, um influente empresário americano que abandonou tudo em busca de um novo sentido para a sua vida. A princípio, Daily e os outros cinco alunos que participam do seminário reagem com certo ceticismo aos conceitos apresentados pelo frade, mas depois eles se rendem à sua experiência. Afinal, Hoffman ganhou fama no mundo dos negócios por sua capacidade de recuperar empresas em crise, transformando-as em exemplos de sucesso. O monge defende que a base da liderança não é o poder e sim a autoridade, conquistada com amor, dedicação e sacrifício. E diz ainda que respeito, responsabilidade e cuidado com as pessoas são virtudes indispensáveis a um grande líder. Ou seja, para liderar é preciso estar disposto a servir."

Anjos e Demônios - Dan Brown

Anjos e Demônios é um livro muito bom!!! O escritor consegue empolgar o leitor... A gente quer logo chegar ao final do livro pra saber como termina essa história. Muito bem escrito e o enredo é impressionante! O final é inacreditável...

O filme, estrelado por Tom Hanks também é muito bom... Vale a pena assistir!

Resumo do livro:

"Antes de decifrar 'O Código Da Vinci', Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em 'Anjos e Demônios', quando tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano. Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável - a assinatura macabra no corpo da vítima - um ambigrama que pode ser lido tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo - é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há quatrocentos anos. A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião. Em 'Anjos e Demônios', Dan Brown demonstra novamente sua extraordinária habilidade de entremear suspense com fascinantes informações sobre ciência, religião e história da arte, despertando a curiosidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históricos."

Marley & Eu – John Grogan


Esse livro é divertido, mas sabe que o filme é ainda mais... rsrsrs...


Marley & Eu – John Grogan. Resumo do Livro:

"John Grogan é um jornalista sessentão, colunista do Philadelphia Inquirer. Foi editor-chefe da revista Organic Gardening e trabalhou como repórter, chefe de redacção e colunista em vários jornais americanos. Logo após o casamento com Jenny, com quem teve 3 filhos, comprou Marley, um cão labrador que chegou aos 43 quilos e deu muito, mas muito trabalho para o casal. Marley & Eu é a história da vida de John e Jenny com este cachorro endiabrado. Um livro-depoimento, super bem-humorado, sobre… um cachorro.

John e Jenny moravam na Califórnia quando se casaram e compraram um casa, que parecia grande e triste. Como ambos tiveram animais de estimação na infância, resolveram ter um cachorro para aprender juntos a cuidar de algo antes de ter filhos, já que Jenny não tinha talento para plantas e havia afogado uma planta que ganhou de John.

Compraram Marley, um cachorro genioso, enérgico e indomável, que comia todo tipo de objeto da casa, além de quilos de ração e mais tarde os brinquedos das crianças. Tentaram de tudo, até uma escola de boas maneiras para cães, de onde Marley foi expulso.

Um dos muitos capítulos divertidos do livro conta sobre a praia dos cães, último reduto da Califórnia onde os donos podiam passear com cães na areia sem serem multados (há leis nos EUA para inibir a falta de educação dos donos). Com um rígido código de conduta, os donos evitavam deixar seus cães se aliviarem na areia para manter a praia limpa e selvagem. Marley bebeu tanta água do mar que não só se aliviou na água do mar, como também devolveu quase tudo que bebera, matando John de vergonha frente aos outros donos de cães. A descrição da situação pelo autor é hilária…

Outro episódio destaca a mudança da família para Michigan, estado americano que faz divisa com o Canadá e tem um inverno rigoroso. Além do atraso da neve, que não chegou para o Natal, frustrando as crianças, John conta algumas das peripécias de Marley na neve, já mais velho e menos enérgico. No mesmo capítulo, a surdez seletiva de Marley é outra passagem memorável.

Marley & Eu é um livro sem compromisso, para quem quer ler algo suave e divertido. É também um bom desestrassante!"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

AMAR BONITO - Arthur da Távola

AMAR BONITO (por Arthur da Távola)

"Talvez seja tão simples, tolo e naturalque você nunca tenha parado para pensar:
aprenda a fazer bonito seu amor.
Ou fazer o seu amor ser ou ficarbonito.
Aprenda, apenas, a tão difícil
arte de amar bonito.
Gostar é tão fácil
que ninguém aceita aprender...
Tenho visto muito amor por aí.
Amores mesmo:bravios, gigantescos,
descomunais, profundos, sinceros,
cheios de entrega, doação e dádiva.
Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos.
Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados,
tratados com carinho, cuidado e atenção.
Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.
Aí, esses amores que são verdadeiros,
eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados
e tão somente porque não sabem serbonitos:
cobram, exigem, rotinizam, descuidam, reclamam,
deixam decompreender, necessitam mais do que oferecem,
precisam mais do que atendem,
enchem-se de razões.
Sim, de razões.
Ter razão é o maior perigo no amor.
Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar,
de exigir justiça, equidade, equiparação,
sem atinar que o que está sem razão
talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão.
Nem queira!!!
Ter razão é um perigo: em geral, enfeia um amor,
pois é invocado comjustiça, mas na hora errada.
Amar bonito é saber a hora de ter razão.
Ponha a mão na consciência.
Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito?
De que está tirando do gesto, da ação, da reação,
do olhar, da saudade, da alegria do encontro,
da dor do desencontro a maior beleza possível?
Talvez não.
Cheio ou cheia de razões,
você separa do amor apenas aquilo que
é exigido por suas partes necessitadas,
quando talvez dele devesse pouco esperar,
para valorizar melhor tudo de bom que
de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre e,
sofrendo, deixa de amar bonito.
Sofrendo, deixa deser alegre, igual, irmão, criança.
E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
Não tema o romantismo.
Derrube as cercas da opinião alheia.
Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama.
Saia cantando e olhe alegre.
Recomenda-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando,
não se cansar de olhar e olhar,
não atrapalhar a convivência com teorizações,
adiar sempre-- se possível com beijos -- 'aquela
conversa importante que precisamos ter',
arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida.
Para quem ama, toda atenção é sempre pouca.
Quem ama feio não sabe que pouca atenção
pode ser toda a atenção possível.
Quem ama bonito não gasta tempo dessa atenção
cobrando a que deixou de ter.
Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores
que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine cheia
de brinquedos dos nossos sonhos);
não teorize sobre o amor, ame.
Siga o destinodos sentimentos aqui e agora.
Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme,
como: a sinceridade, abrir o coração, contar a verdade
do tamanho do amor que sente;
não dar certo e depois vir a sofrer(sofrerá de qualquer jeito).
Jogue por altotodas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas,
atitudes sabiamente eficazes (não é sábio ser sabido):
seja apenas você no auge de sua emoção e carência,
exatamente aquele você que a vida impedede ser.
Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs.
Falando besteiras, mas criando sempre.
Gaguejando flores.
Sentindo o coração bater como no tempo de Natal infantil.
Revivendo os caminhos que intuiu em criança.
Sem medo de dizer eu quero, eu estou com vontade.
Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é.
Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto.
Não se preocupe mais com ele e suas definições.
Cuide agora da forma. Cuide da voz.
Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide de você.
Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor
e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz."

(Arthur da Távola)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O VALOR DA AMIZADE - Maria Helena Brito Izzo


O VALOR DA AMIZADE (por Maria Helena Brito Izzo)

"Costuma-se dizer que ninguém pode escolher a família em que nasce. Mas é possível selecionar os amigos, que são como a extensão da vida. A amizade, um dos sentimentos mais nobres que existem, nasce de forma espontânea, pura e vai se desenvolvendo até chegar à maturidade. Caracteriza-se por uma afinidade muito grande com alguém, baseada no amor, no carinho, na ternura, no respeito, na compreensão, na troca e na ajuda. É um sentimento muito sincero, que não depende da idade, de dinheiro e de posição social.

O amigo é um dom precioso. A própria Bíblia diz que "quem encontrou um amigo encontrou um tesouro". A amizade é um sentimento limpo, verdadeiro e profundo. Instiga a pessoa ao apoio e ao incentivo, quando as coisas estão bem. E à correção, com muito jeito e carinho, quando estão erradas. Amigo é aquele que está sempre presente, que adivinha o pensamento do outro, sem melindrá-lo; que é sincero e faz da amizade um ponto positivo na vida.

No relacionamento diário, entra-se em contato com muitas pessoas. Mas o amigo torna-se alguém diferente, especial e único. E visto com outros olhos - uma pessoa por quem a gente torce, vibra e sofre. Está presente nos bons e nos maus momentos; é amado e tratado com muita sinceridade. Além da afinidade, a amizade sólida baseia-se no convívio, na compreensão e na manifestação desses sentimentos profundos. . Por essa razão, é um processo. Não nasce pronta. A relação deve ser construída e trabalhada dia a dia, por ambas as partes, porque exige reciprocidade. E como cultivar uma planta que, se não for regada com freqüência, morre.
A amizade, quando não cultivada, desfalece, esfria e acaba.

Quem gosta de outra pessoa não deve ter orgulho. Quando se é amigo, releva-se os defeitos e até o gênio difícil e a impaciência do outro. A compreensão é uma característica da amizade. Os sentimentos são livres e descontraídos, expressos sem cobranças. Numa grande amizade, as pessoas são fiéis. Ao amigo se fazem confidências, que, às vezes, não foram feitas a ninguém. Há uma entrega do que se é, pois não há traição nem mesquinharias. O amigo sempre está pronto para tudo e se pode contar com ele em qualquer momento ou situação de vida.

Mais que um irmão, o amigo é a oportunidade que Deus dá a cada um para encontrar sua metade. Com ele, a pessoa pode se revelar verdadeiramente: dizer não, sem medo de ferir; sim, sem medo de bajular; e as verdades, sem medo de ofender. Isso porque se acredita na amizade, por ela ser isenta de paixão. Num relacionamento assim, não existe inveja, orgulho, rancor ou grandes mágoas. A verdadeira amizade é eterna, como o amor.

Com o amigo, inexiste a censura e o medo de ser por ele conhecido a fundo. Nesse relacionamento, tudo vem à tona: as fraquezas, os limites, os defeitos, mas também as grandezas de alma e os aspectos positivos. Tudo é aceito, partilhado e vivenciado para o crescimento de ambos.

A amizade é uma ligação espiritual, que deixa a impressão de que sempre se conheceu o amigo. Isso ocorre porque ele preenche a outra metade da pessoa. Da mesma forma que se encontra o amor, encontra-se também o amigo. Trata-se de uma preferência de identificação, de carinho, de ternura e de vontades.

Atualmente, existem poucas pessoas que têm amigos e se fazem amigas. Há, também, as que vivem no seu próprio mundo, em que ninguém entra. Outras, por timidez, insegurança ou desconfiança, temem se arriscar, privando-se de uma das melhores coisas que Deus criou. Aqueles que são profundamente infelizes com certeza não conseguiram experimentar a alegria de uma verdadeira amizade. Não se abriram para o outro e morrerão sufocados pelo seu egoísmo.

A infelicidade existente no mundo resulta da incapacidade de as pessoas criarem vínculos de amizade e confiarem nas outras. Elas pensam só em si mesmas, revelando um egoísmo exacerbado. Não se dão ao trabalho de tentar construir uma amizade. Não se arriscam. Preferem ficar sozinhas. Há uma carência de sentimentos positivos relacionados às outras pessoas. Por que é tão difícil alguém encontrar o lado positivo do outro?

Quando os homens descobrirem o valor da amizade, a vida se tornará melhor, porque vale a pena sentir a felicidade de contar incondicionalmente com alguém."

(por Maria Helena Brito Izzo)


Bunda mole é?

Belinha acordou às seis, arrumou as crianças, levou-as para o colégio e voltou para casa a tempo de dar um beijo

burocrático em Artur, o marido, e de trocarem cheques, afazeres e reclamações.

Fez um supermercado rápido, brigou com a empregada que manchou seu vestido de seda,

saiu como sempre apressada, levou uma multa por estar dirigindo com o celular no ouvido e

uma advertência por ter parado em lugar proibido, enquanto ia, por um minuto, ao caixa automático tirar dinheiro.

No caminho do trabalho batucava ansiedade no volante, num congestionamento monstro, e pensava

quando teria tempo de fazer a unha e pintar o cabelo antes que se transformasse numa mulher grisalha.

Chegando ao escritório, foi quase atropelada por uma gata escultural que, segundo soube,

era a nova contratada da empresa para o cargo que ela, Belinha, fez de tudo para pegar,

mas que, apesar do currículo excelente e de seus anos de experiência e dedicação, não conseguiu.

Pensou se abdômen definido, contaria ponto, mas logo esqueceu a gata,

porque no meio de uma reunião ligaram do colégio de Clarinha, sua filha mais nova,

dizendo que ela estava com dor de ouvido e febre. Tentou em vão achar o marido e, como não conseguiu,

resolveu ela mesma ir até o colégio, depois do encontro com o novo cliente, que se revelou um chato, neurótico,

desconfiado e com quem teria que lidar nos próximos meses.

Saiu esbaforida e encontrou seu carro com pneu furado.

Pensou em tudo que ainda ia ter que fazer antes de fechar os olhos e sonhar com um mundo melhor.

Abandonou a droga do carro avariado, pegou um táxi e as crianças. Quando chegou em casa, descobriu que

tinha deixado a pasta com o relatório que precisava ler para o dia seguinte no escritório!

Telefonou para o celular do marido com a esperança que ele pudesse pegar os malditos papéis na empresa,

mas a porcaria continuava fora de área. Conseguiu, depois de vários telefonemas,

que um motoboy lhe trouxesse os documentos. Tomou um banho, deu o jantar para as crianças, fez os deveres com os dispersos e botou os monstrinhos para dormir. Artur chegou puto de uma reunião em São Paulo, reclamando de tudo.

Jantaram em silêncio. Na cama ela leu metade do relatório e começou a cambalear de sono.

Artur a acordou com tesão, a fim de jogo.

Como aqueles momentos estavam cada vez mais raros no casamento deles, ela resolveu fazer um último esforço de

reportagem e transar. Deram uma meio rápida, meio mais ou menos,e, quando estava quase pegando no sono de novo,sentiu uma apalpadinha no seu traseiro com o seguinte comentário:

- Tá ficando com a bundinha mole, Belinha...deixa de preguiça e começa a se cuidar..

Belinha olhou para o abajur de metal e se imaginou martelando a cabeça de Artur até ver seus miolos espalhados pelo travesseiro!

Depois se viu pulando sobre o tórax dele até quebrar todas as costelas!

Com um alicate de unha arrancou um a um todos os seus dentes e depois deu-lhe um chute tão brutal no saco, que voou espermatozóide para todos os lados!

Em seguida usou a técnica que aprendeu num livro de auto-ajuda: como controlar as emoções negativas.

Respirou três vezes profundamente, mentalizando a cor azul, e ponderou.

Não ia valer a pena, não estamos nos EUA, não conseguiria uma advogada feminista caríssima que fizesse sua defesa alegando que assassinou o marido cega de tensão pré-menstrual.

..Resolveu agir com sabedoria.

No dia seguinte, não levou as crianças ao colégio, não fez um supermercado rápido, nem brigou com a empregada.

Foi para uma academia e malhou duas horas. De lá foi para o cabeleireiro pintar os cabelos de acaju e as unhas de vermelho.

Ligou para o cliente novo insuportável e disse tudo que achava dele, da mulher dele e do projeto dele. E aguardou os resultados

da sua péssima conduta, fazendo uma massagem estética que jura eliminar, em dez sessões, a gordura localizada. Enquanto

se hospedava num spa, ouviu o marido desesperado tentar localiza-lá pelo celular e descobrir por que ela havia sumido.

Pacientemente não atendeu. E, como vingança é um prato que se come frio, mandou um recado lacônico para a

caixa postal dele: - A bunda ainda está mole. Só volto quando estiver dura. Um beijo da preguiçosa...

(Extraído do livro: Este sexo é feminino / Patrícia Travassos).

Pode invadir ou chegar com delicadeza - Martha Medeiros

Um dia especial, merece um texto especial! Adoro esta escritora Gaúcha! Ela consegue expressar nossos sentimentos com uma sutileza e veracidade incríveis! Espero que gostem!


Pode invadir ou chegar com delicadeza! (por Martha Medeiros)


Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. (Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).

Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!

Martha Medeiros (escritora, que eu adoro!)

2 anos de muito amor!


2 anos de muito amor!

MEU AMOR...
Dois anos juntos!!! Êbaaaaaa... rsrs...
Mas parece que foi ontem que te conheci...
E foram tantos momentos especiais durante esses anos...
Foram tantas brincadeiras, conversas, filmes, caminhadas, alegrias, momentos agradáveis, alguns nem tanto, momentos de amadurecimento, de aprendizagem, de amizade, carinho, respeito, compreensão, atenção, felicidade e acima de tudo AMOR...
Momentos especiais que ficarão para sempre na minha memória e no meu coração...
Nunca duvide do meu amor por você e saiba que és um presente de Deus, tudo o que eu sempre quis e muito mais do que eu sonhei... Realmente tenho muitos motivos pra te amar, mas esses motivos posso resumir na reciprocidade do amor que sentimos...
TE AMO PARA SEMPRE WILL!


“Busquei no horizonte uma forma nova de ser feliz.... Nada achei!
Busquei na meia-noite uma maneira suave de sonhar... Não adormeci!
Busquei então, onde a razão não pode alcançar, fui dentro de mim, bem profundo e quase sem querer te descobri por entre letras mágicas e risos escondidos..., te achei!”