quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Feliz Olhar Novo - Carlos Drummond de Andrade



Um novo ano vai começar, lembre-se de sonhar para que continue a ter muitos motivos para ser feliz! Feliz Ano Novo!



Feliz olhar novo - Carlos Drummond de Andrade

"O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.O grande lance é viver cada momento como se a receita de felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais..., mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal. As vezes a gente espera demais das pessoas. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.
O ano que vai entrar vai ser diferente. Muda o ano, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que desejo para todos é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em boa experiência! Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim... Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3. Ou mude-o de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.

O nosso desejo não se realizou? Beleza, não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro): CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam bem diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.

O ano que vai entrar pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!!!

Feliz olhar novo!!! Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer.
Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!"

Autor: Carlos Drummond de Andrade




domingo, 18 de dezembro de 2011

Não esqueçamos do principal Aniversariante!

Feliz Natal e um 2012 de muita prosperidade


O Natal chegou!!! Com ele novas esperanças, novos sonhos. Que nossas esperanças estejam sempre vivas, e que nossos sonhos tornem-se realidade!!! No Natal comemoramos o nascimento de Jesus Cristo e que neste Natal possamos ser generosos, perdoar, agradecer e celebrar o dom da vida. Que neste Natal o amor, a fé e a esperança estejam presentes em cada um de nós, que a cada novo dia do ano que está para começar estejamos iluminados. Ano Novo é momento de nascimento de uma nova esperança. Que o amor possa florescer em todos os cantos deste mundo. Que nós possamos desfrutar da bondade divina, e que sejamos sempre dignos do amor de Cristo! Façamos nossa parte, na busca pela felicidade. Que esse Natal seja brilhante de alegria e iluminado de amor. Feliz Natal e o um Ano Novo cheio de esperança! Que Deus, em sua infinita bondade, abençoe e encha de paz nossos corações da noite de Natal. Boas Festas!

Feliz Natal e um 2011 de muita felicidade, para você e a todos os seus familiares!!!
Beijos,
Patrícia Mena

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Deixe a Raiva Secar...



Deixe a Raiva Secar...


Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã.
Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão.
Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
"Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações.
Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
"Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra o que a vovó falou?
Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar.
Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro..
Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha..
Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.
Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei.
Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você.
Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa."
"Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou."
E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro. 
(Autor Desconhecido)




Moral da História: 
Nunca tome qualquer atitude com raiva. A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são. Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta. Diante de uma situação difícil, lembre-se sempre:  


Deixe a raiva secar.

LOUCOS E SANTOS - Oscar Wilde



"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril." (Oscar Wilde)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AS VÁRIAS FACES DO AMOR - por Sérgio Savian

Oi genteeee!


Eu sei que tô meio afastada do Blog, mas as atividades profissionais estão roubando meu tempo! Eu estava relendo um texto muito interessante sobre as várias faces do amor e com o qual me identifiquei muito. Isso me deixou com vontade de partilhar com vocês!


Segue abaixo o texto de Sávio Savian que vi há muito tempo atrás no site Mudança de Hábito.


Espero que gostem muito, assim como eu!
Beijos!
Paty
As várias faces do amor
Sexta-Feira, 14 de Outubro de 2005.
Cada um de nós é mais ou menos talentoso num determinado aspecto de vida. Alguns vão muito bem como pais, outros como amantes. Tem gente que gosta de casar, outros preferem estar livres. E não existe uma fórmula de felicidade que sirva para todos. E isso é importante de ser compreendido, pois o que vemos é uma falsa concepção e uma verdadeira doutrinação de que todos deveriam seguir um rumo padronizado no que se refere à vida afetiva. E isso não existe.


A família é uma possibilidade importante para a satisfação do amor. Pais, irmãos e outros parentes podem preencher as nossas necessidades de carinho. Mas esta não é a única opção. Existem outras formas de viver que também nos levam ao amor.


Antigamente o esquema era bastante rígido. Você vivia dentro da família original até o momento do seu casamento, quando passava a formar a sua própria família, sempre muito próxima à anterior. E ainda tem muita gente que se comporta assim. Mas já é grande também o número de pessoas que vai por outro caminho. Sai de casa ainda solteiro, buscando a sua própria realização profissional e crescimento pessoal: um estágio importante para a auto-afirmação do indivíduo.


Na Europa e nos Estados Unidos os jovens saem de casa bem cedo em busca de seu próprio desenvolvimento. Já aqui no Brasil, eles permanecem na casa dos pais por mais tempo. Este "estágio" fora da família pode ser bastante útil para aprender algo muito importante: tomar conta de si mesmo e para ter uma visão mais ampla de mundo, além da visão particular da família de origem. Assim, convivendo com outras pessoas, você enriquece o seu repertório de comportamento.


Além disso, o fato de estar só nos permite sentir a falta do carinho, o que nos dá a humildade para reconhecer o amor quando ele vem. O afeto é fundamental para o desenvolvimento de uma personalidade saudável, mas quando a família se torna a única fonte de carinho, termina por substituir a vida amorosa que haveria de ser construída. Não são poucos os casos de pessoas já maduras, vivendo com seus pais e irmãos, que não conseguem se entregar a um outro relacionamento afetivo. Mais do que nunca, o amor precisa sair das fronteiras da família para ser cultivado de uma forma irrestrita.


Você também pode amar os seus amigos, os seus vizinhos, os colegas de trabalho, as pessoas que você conhece e aquelas que você não conhece. O fato de você restringir o amor a um pequeno grupo de pessoas pressupõe que você possa desconsiderar os que não pertencem a este grupo. O ideal seria que o amor "aprendido" em casa pudesse ser generosamente compartilhado com todos os que cruzassem o seu caminho na vida. Se fosse assim estaríamos vivendo uma situação social perfeita. Mas estamos longe disso! O que presenciamos são pessoas fechadas, desconfiadas, indiferentes e sem disponibilidade real para os outros. Enquanto não aprendermos o que é o amor universal, que flui sempre e para todos de uma forma incondicional, estaremos caminhando nos perigosos trilhos do egoísmo.


Por Sergio Savian

E-mail: sergiosavian@mudancadehabito.com.br

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O LÁPIS - Autor Desconhecido



O Lápis

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:


- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma estória sobre mim?

A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:

- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.

- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em toda a minha vida!

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades que nele, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção a Sua vontade”.

Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele estará mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão uma pessoa melhor”.

Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.

Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dento. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você”.

“Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação”.

(Desconheço o autor)

domingo, 31 de julho de 2011

FÉRIAS!


Julho mês de férias!
Um mês de merecido descanso...

Que pena que já acabou!


quinta-feira, 9 de junho de 2011

BARRIGA É BARRIGA - Arnaldo Jabor


Barriga é Barriga (por Arnaldo Jabor)
"Barriga é barriga, peito é peito e tudo mais. Confesso que tive agradável surpresa ao ver Chico Anísio no programa do Jô, dizendo que o exercício físico é o primeiro passo para a morte. Depois de chamar a atenção para o fato de que raramente se conhece um atleta que tenha chegado aos 80 anos e citar personalidades longevas que nunca fizeram ginástica ou exercício - entre elas o jurista e jornalista Barbosa Lima Sobrinho - mas chegou à idade centenária, o humorista arrematou com um exemplo da fauna: A tartaruga com toda aquela lerdeza, vive 300 anos. Você conhece algum coelho que tenha vivido 15 anos?

Gostaria de contribuir com outro exemplo, o de Dorival Caymmi. O letrista compositor e intérprete baiano foi conhecido como pai da preguiça. Passava 4/5 do dia deitado numa rede, bebendo, fumando e mastigando. Autêntico marcha-lenta, levava 10 segundos para percorrer um espaço de três metros. Pois mesmo assim e sem jamais ter feito exercício físico, morreu com mais de 90 anos.

Conclusão: Esteira, caminhada, aeróbica, musculação, academia? Sai dessa enquanto você ainda tem saúde... E viva o sedentarismo ocioso!!! Não fique chateado se você passar a vida inteira gordo :
Você terá toda a eternidade para ser só osso!!!
Então: NÃO FAÇA MAIS DIETA!! Afinal, a baleia bebe só água, só come peixe, faz natação o dia inteiro, e é GORDA!!! O elefante só come verduras e é GORDOOOOOOOOO!!!! VIVA A BATATA FRITA, O CHOPP E O TORRESMINHO !!!
Você tem pneus???
Lógico, todo avião tem!!!"
(Arnaldo Jabor)

PARADOXO DO NOSSO TEMPO - George Carlin


O PARADOXO DO NOSSO TEMPO - GEORGE CARLIN

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das 'rapidinhas', dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... Ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!

Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que te amam que estão ao seu lado!!!


sábado, 23 de abril de 2011

COISAS DA VIDA - Martha Medeiros


© Martha Medeiros – COISAS DA VIDA


SINOPSE:

Nas crônicas de Martha Medeiros encontramos espaço para todas as normalidades e todas as "loucuras" que caracterizam a vida e o homem modernos: a paixão, a igualdade sexual, a política, o sentimento de frustração, o medo, a intimidade, a percepção da solidão, estudos, traição, a diferença entre os sexos, o tal do relógio biológico feminino e seu tic-tac macabro, a dificuldade de lembrar nomes, a procura por amor, liberdade e felicidade, divagações sobre a morte, abismos criados entre pais e filhos, a “felicidade” e a infelicidade de amar duas pessoas ao mesmo tempo, ou de não gostar de quem se gosta, a rotina, moda, arrogância, mulheres que decidem não ter filhos, máquinas de provocar orgasmos, choros, comentários sobre livros, filmes, músicas, peças de teatro e tantas outras COISAS DA VIDA.


MINHA OPINIÃO:

Sou suspeita para falar dessa autora, porque adoro tudo que ela escreve... Já li vários livros dela e me identifico com cada crônica, cada poesia, cada história e cada reflexão escrita por Martha Medeiros... Não sei como ela fez isso, mas ela conseguiu expressar o que eu sinto sobre as coisas da vida e cada crônica que li é melhor que a outra...

COISAS DA VIDA é um livro maravilhoso, marquei várias frases marcantes e grifei vários trechos do livro que levam a reflexões importantes sobre o nosso cotidiano.

É um livro de crônicas baseadas no dia a dia de pessoas comuns como nós. Segue abaixo uma das crônicas que gostei muito no livro e que tem a ver com LIVROS e com quem gosta de ler como eu (uma apaixonada por livros):


© Martha Medeiros – O SALVA-VIDAS

“De vez em quando aparece no noticiário algum sortudo que teve sua vida salva por um objeto: uma caneta no bolso, uma moeda, uma calculadora, algo que impediu que uma bala de revólver lhe perfurasse o coração. Pois aconteceu de novo: sábado passado em Cuiabá, um professor de 52 anos reagiu a um assalto e teve sua vida salva porque, na hora do disparo, a bala acertou o que ele trazia em mãos: um livro. Um livro bem grosso, imagino. Um tijolaço.
Em plena semana em que inicia a nossa Feira, não posso perder a chance de fazer uma analogia. Terei coragem de apelar e dizer que os livros salvam a vida de milhares de pessoas todos os dias? Bom, agora já disse.
Piegas ou não, forçado ou não, eu acho mesmo que os livros nos "salvam", de alguma maneira. Salvam a gente de levar uma vida besta, doutrinada pela TV. Salvam a gente de ficar olhando só pra fora, só para o que acontece na vida dos outros, sem nos dedicar a alguns momentos de introspecção. Salvam a gente de ser preconceituoso. Salvam a gente do desconhecimento, do embrutecimento, do mau-humor, da solidão, salvam a gente de escrever errado. Se existe salvador da pátria, não conheço outro.
Quando me refiro a alguém que lê, estou me referindo a alguém que lê bastante, que lê com paixão, que lê compulsivamente. Porque ler dois ou três livros por ano, apesar de estar dentro da média brasileira, está longe de ser comemorado. Vira um programinha excêntrico: "Vou aproveitar que hoje está nevando e ler um livro". Nada disso. Livro salva quem nele se vicia. Salva quem não consegue se saciar. Quem quer saber mais, conhecer mais, se aprofundar mais. É imersão. Mergulho. Salva a gente da secura da vida.
A Feira começa depois de amanhã e estará cheia de livros, inclusive volumosos. Viver para contar, a biografia do García Márquez, tem 474 páginas. Os 100 melhores contos do século tem 618. A montanha mágica, de Thomas Mann, 986. Se não salvarem espiritualmente ninguém, darão ao menos um bom escudo.”
(Crônica retirada das páginas 129 e 130 do Livro Coisas da Vida de Martha Medeiros)


Entenderam aí o que quero dizer?! É assim que eu vejo uma paixão por livros, e depois de ler essa crônica da Martha, dá vontade de deitar no sofá com um bom livro nas mãos e me deixar levar pela imaginação...

O MELHOR DA AMIZADE - Martha Medeiros


Hoje segue um texto maravilhoso da escritora Martha Medeiros retirado do seu livro de crônicas: "Coisas da Vida". Um ótimo livro. Recomendo!


© Martha Medeiros - O MELHOR DA AMIZADE


"Outro dia participei de uma mesa-redonda que propunha uma discussão sobre amizade feminina. Existe mesmo? Há quem acredite que as mulheres são eternas concorrentes e, portanto, muito pouco leais.

Existe amizade feminina, sim. Amizade real, sólida e vitalícia. O que acontece é que as mulheres se envolvem muito na vida umas das outras, e isso, como em qualquer relação, gera alguns mal-entendidos, ciúmes e até brigas feias, o que faz parecer que amizade entre mulheres é frágil. Os homens são menos invasivos, não se envolvem tanto com a intimidade dos amigos. Por isso, atritam-se menos e passam a idéia de serem mais estáveis.

A amizade é o melhor – e provavelmente – o único antídoto contra a solidão. E não precisa ser uma amizade grandiloquente, do tipo grude 24 horas e sem segredos. Uma amizade pode ser forte e leve ao mesmo tempo. E melhor ainda se forem amizades variadas. Uma boa amiga para ser sua sócia, outra para dar dicas de viagens, uma amiga especial para conversar sobre sentimentos escusos, outra amiga fantástica para falar sobre livros e filmes, uma amiga indispensável para lhe dar um ombro quando você está caidaça. Nenhum problema em departamentalizar. Ao menos nas amizades, viva a poligamia.

Amigos homens são igualmente imprescindíveis. Quando ouço que não existe amizade entre homem e mulher por causa da possibilidade de um envolvimento amoroso, pergunto: e daí? Qual o problema de haver uma sensualidade no ar? Todas as relações incluem alguma espécie de sedução – todas.

Amigo homem é bom porque eles não falam toda hora sobre filhos, empregadas, liquidações, esses papos xaropes. Amigo homem não faz drama, ri das nossas manias, traz novos pontos de vista sobre as coisas que nos angustiam, não pede nossas roupas emprestadas e, o que é melhor, comenta sobre suas ex-namoradas e com isso acaba nos dando dicas muito úteis para enfrentar esta tal guerra dos sexos.

Amiga de infância, amiga irmã, amigo homem, amigo gay, amigos virtuais, amigos inteligentes, amigos engraçados, amigos que não cobram, que não são rancorosos, amigos gentis, amigos que se mantêm amigos na distância e no silêncio, todos eles ajudam a formar nossa identidade e a nos sentir protegidos nesta sociedade cada vez mais bruta e individualista. E não posso esquecer do melhor amigo de todos, e não é seu cachorro, seu gato ou seu hamster: estou falando daquele ser humano com quem a gente casou, aquela pessoa que convive conosco dia e noite, numa promiscuidade escandalosa, e cujo vínculo se mantém com muita paciência, humor, respeito e solidariedade, tal qual acontece entre os verdadeiros amigos do peito."

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Defesa Civil e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) firmam parceria para mitigar DESASTRES!

Defesa Civil de Fortaleza participa do "Projeto Chuva"

Pioneira no Brasil, a Defesa Civil de Fortaleza é uma das parceiras do Projeto Chuva, coordenado e executado no país pelo Centro de Previão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC - Fortaleza), juntamente com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), coordenará com o "Chuva", um projeto piloto, o Sistema de Observações de Tempo Severo, que utilizará radares e modelos hidrometeorológicos para recuperar informações sobre alagamentos e inundações e, assim, acionar um sistema de alerta e alarme. Nessa quarta-feira (6) de abril, às 9 horas, na sede da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, foram apresentados detalhes deste sistema à imprensa.

Através dessa nova estratégia, a equipe de técnicos de Defesa Civil de Fortaleza conseguirá pontuar - de bairro a bairro - os impactos das chuvas com antecedência, possibilitando um trabalho com maior prevenção em possíveis danos causados pelas chuvas à população fortalezense, como enchentes e deslizamentos de terras. Os equipamentos instalados na sede da Guarda Municipal e Defesa Civil indicarão os locais com presenças de gotas líquidas de água, granizo, cristais de gelo, como também a quantidade de chuva e outros parâmetros climatológicos.

Segundo Elineldo Maia, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Redução de Desastres - NUPRED e do projeto piloto de monitoramento de tempos severos da Defesa Civil, será analisada a evolução das chuvas em diversos segmentos. "Poderá ser observado o traçado nas vias urbanas, curvas de nível, áreas de risco e monitorar os seus impactos", destaca.

O principal objetivo do "Projeto Chuva" é ressaltar a importância das chuvas "quentes", típicas de regiões tropicais, que estão associadas às chuvas fortes e contínuas, que costumam provocar deslizamentos de encostas e enchentes. Serão coletados parâmetros climatológicos para análises das precipitações. Os resultados da pesquisa irão orientar as especificações do satélite brasileiro que integrará o programa Medidas Globais de Precipitação - Global Precipitation Measurement (GPM), liberado pelas agências espaciais dos Estados Unidos (NASA) e do Japão (JAXA).

Fonte: www.fortaleza.ce.gov.br/gmf (notícias)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Uma postagem mais séria...


Um texto sobre SEGURANÇA PÚBLICA... um assunto sério que precisa de nossa atenção sempre!










LUIZ EDUARDO SOARES - Elite da Tropa 2: projeto literário e intervenção política

Elite da Tropa 2: projeto literário e intervenção política
(Publicado em dezembro de 2010 na Revista do PSOL)


O livro Elite da Tropa 2 é a quarta obra de uma tetralogia à qual dediquei os últimos sete anos de trabalho. A série inclui Cabeça de Porco (escrito com MV Bill e Celso Athayde –Objetiva, 2005), Elite da Tropa (com André Batista e Rodrigo Pimentel –Objetiva, 2006) e Espírito Santo (com Carlos Eduardo Ribeiro Lemos e Rodney Miranda –Objetiva, 2009). A intenção do Cabeça de Porco era mergulhar no mundo de valores, percepções, sentimentos, relações e práticas dos jovens envolvidos com a violência armada, nas áreas mais vulneráveis de cidades situadas em todas as cinco regiões do país. O propósito era compreender, não julgar, e levar os leitores a compartilhar nossa experiência de interlocução com esses jovens. A expectativa era proporcionar um contato empático com um universo ignorado e distante da maioria dos leitores; um universo humano refratado quase sempre pelo véu de estigmas, preconceitos, ódio e temor. Não tencionávamos fazer a apologia da violência ou sequer justificá-la, mas desvelar suas raízes, plantadas fundas como punhais no corpo e na alma de crianças e adolescentes socialmente invisíveis, devastados pela rejeição e a indiferença, pela fome de afeto e reconhecimento (que pode ser mais dolorosa e devastadora do que a fome física), por estigmas, racismo, desigualdades monstruosas e as iniquidades naturalizadas.


A intenção do primeiro Elite da Tropa era a mesma, mas aplicada aos supostos inimigos daqueles jovens focalizados no Cabeça: os policiais. Quem são esses personagens que vestem uniforme, recebem salários, armas e instrução do Estado, e caçam traficantes nos morros, nas vilas, favelas e periferias, como feitores de um escravismo extinto? Quem são esses policiais que, em nome da Lei, a transgridem sem pudor e piedade, matando seus irmãos de classe numa insensata “falsa-guerra” fratricida? No Rio de Janeiro, por exemplo, os números descrevem um genocídio de jovens pobres, na maioria negros: entre 2003 e 2009, inclusive, 7.854 foram mortos por ações policiais. A categoria oficial, “autos-de-resistência”, omite o fato de que, segundo estimativas apoiadas em pesquisas sobre os dados de 2003, cerca de 65% dos aludidos confrontos confrontam apenas a verdade, pois se referem, na realidade, a execuções extra-judiciais. Seriam os policiais indivíduos sádicos, pervertidos, assassinos contumazes por prazer e vocação? Nesse caso, como explicar a escala assombrosa alcançada pela brutalidade individual dos policiais e a manutenção de tamanha regularidade, ao longo do tempo, configura um padrão e apresentando o perfil de uma ... política? Ao mergulhar no universo de emoções, valores, visões de mundo e experiências dos policiais, procuramos compartilhar com os leitores algumas surpresas para quem só opera com estereótipos: lá estão seres humanos como quaisquer de nós, que chegam muito jovens para o processo de formação e cedo aprendem o que depois aplicarão. São cidadãos trabalhadores, oriundos principalmente das classes populares, que cumprem ordens, acreditando, ao fazê-lo, estar honrando seu país, sua instituição e os valores que foram levados a cultuar. Muitos se perdem na corrupção mais degradante; outros, submetidos a treinamentos que emulam a “lavagem cerebral”, convertem-se em máquinas de matar e torturar, confundindo heroísmo com brutalidade letal contra suspeitos e patriotismo com violação dos direitos mais elementares dos segmentos sociais estigmatizados. Nesse contexto, propusemos aos leitores uma pergunta: o problema é individual? Os policiais, individualmente, são “inimigos do povo”? A responsabilidade se esgota neles, enquanto indivíduos? A questão se resume a “desvios de conduta”, como sugerem as declarações oficiais? Ou se trata de um consistente e permanente programa institucional, alicerçado em uma cultura corporativa anti-democrática (refratária aos direitos humanos e aos mandamentos constitucionais) e alimentado por decisões criminosas de autoridades e governantes? Ademais, acrescentamos: esse mecanismo de horror e morte, envolto nas máscaras da segurança pública, não poderia se sustentar sem que a venda da Justiça a cegasse para a barbárie em curso. Todavia, tampouco a Justiça poderia manter-se alheia, se a maioria da sociedade não se omitisse, adotando postura hipócrita e cúmplice.


Tais conclusões conduziram ao terceiro livro, Espírito Santo, cujo foco é o crime organizado plantado no próprio judiciário e infiltrado nas instituições políticas e policiais. O assassinato do jovem, brilhante, honrado e corajoso juiz, Alexandre Martins de Castro Filho, em 2003, é o ponto de partida da narrativa que explora o labirinto das investigações até o desvendamento da trama covarde. Indivíduos têm responsabilidade. Não devemos ser paternalistas ou tapar o sol com a peneira. Mas se não houver espaços políticos e brechas institucionais, apoios coletivos e conexões com interesses maiores, não explicamos a cadeia dos episódios. Mesmo as paixões têm lastros numa realidade mais ampla que as canalizam em determinadas direções e limitam suas possibilidades de expressão criminosa. Por isso, é o Judiciário que está em tela de juízo, não os indivíduos, isoladamente.


Por fim, chegamos ao livro que acaba de ser publicado, Elite da Tropa 2 (em parceria com Cláudio Ferraz, A. Batista e R. Pimentel –Nova Fronteira, 2010). Nessa obra, as principais intenções são as seguintes: (1) chamar a atenção para as milícias e mostrar como elas funcionam e como tiranizam comunidades vulneráveis de modo selvagem. Elas são máfias formadas sobretudo por policiais e constituem as formas mais graves do crime organizado, no Brasil, ligando, organicamente, corrupção e brutalidade policiais às instituições políticas e a outras instituições públicas. (2) Ao contar a história das milícias, procuramos demonstrar que, no Rio, não há mais espaço para falar em corrupção e brutalidade policial como problemas menores, secundários, circunstanciais. Nem é mais legítimo falar em crime e violência, no Rio (mas o ovo da serpente está disseminado, ainda que variações regionais sejam significativas), sem admitir que numerosos contingentes policiais são os mais destacados e poderosos empreendedores das dinâmicas criminosas. Foi-se o tempo em que policiais eram cúmplices por omissão ou mesmo por sociedade passiva. Hoje, no Rio de Janeiro, eles são os principais protagonistas das formas mais perversas e perigosas da criminalidade. Ressalve-se, entretanto, que não generalizamos. Seria absolutamente injusto com dezenas de milhares de profissionais honestos, que arriscam sua vida por salários indignos. Eles são vítimas desse processo: sofrem os efeitos da degradação institucional; pagam o preço da deteriorada imagem pública; sentem-se acuados, humilhados e traídos pela presença arrogante e crescente dos falsos colegas. (3) Ao incluir na trama um militante dos direitos humanos que se elege deputado e luta contra as milícias com desassombro, imensa generosidade e admirável dignidade, prestamos uma homenagem a Marcelo Freixo (deputado estadual pelo PSOL), mas também mostramos que nem tudo está perdido na política e nas polícias (pois há alguns personagens policiais também muito positivos). Um personagem literário não é uma pessoa real. A ficcionalização que transforma Marcelo Freixo em “Marcelo Freitas” mesclou características reais de Freixo com outras, inspiradas em outras pessoas, e as combinou com alguns elementos imaginários, para permitir sínteses e mergulhos na subjetividade que exigem liberdade criativa. Mas a homenagem é verdadeira e a defesa da política nobre e virtuosa se realizou. (4) A obra procura, ainda, trabalhar em profundidade dilemas éticos, demonstrando não haver cartilhas, dogmas ou gramáticas capazes de abarcar a exuberante e subversiva produtividade do real, que nos desafia continuamente com dilemas inesperados e de imensa complexidade, exigindo da consciência ética a mesma ousadia e fecundidade que se requer da criação estética. E como, para mim, não há política virtuosa, digna, justa, boa ou correta, dissociada da ética, acredito que, tendo discutido questões éticas pela mediação dos dramas vividos pelos personagens, o livro Elite da Tropa 2, também por esse viés, contribui para o debate político.


Antes de concluir, um alerta: as milícias são filhas bastardas da segurança privada informal e ilegal. Na medida em que esta está presente em todo o país, a matriz genética das máfias policiais já se nacionalizou. Explico: com raríssimas exceções, os salários da massa policial são insuficientes, no Brasil –para dizer o mínimo e manter-me fiel a um vocabulário educado. Para sobreviver e garantir a reprodução de sua unidade doméstica, os trabalhadores policiais, em sua maioria, buscam uma segunda ocupação, um “bico”. Vão desempenhá-lo, quase sempre, como é natural, na área de sua especialidade: a segurança. Ocorre que, em quase todo o país –e por boas razões--, é ilegal o servidor da segurança pública vincular-se à segurança privada. Posto não ser permitido fazê-lo formalmente, engaja-se, então, o policial, no setor informal da segurança privada ou nela atua, informalmente. Os malefícios para sua saúde, para seu desempenho na segurança pública e os riscos à sua própria vida são evidentes –as mortes de policiais concentram-se na “folga”. Apesar de tudo isso ser amplamente conhecido, as autoridades fingem nada ver. Não fiscalizam. Não tomam qualquer providência. Afinal, sabem que se fiscalizarem a segurança privada informal, encontrarão seus policiais fazendo o “bico”. E também sabem que se reprimirem essa ilegalidade, a demanda salarial se projetará sobre o governo, provocando o colapso do orçamento –que é, vale repetir, irreal. A Polícia Federal é responsável por essa fiscalização, mas com 14.500 funcionários e uma infinidade de atribuições não teria como realizá-la (mesmo se o desejasse, o que, por óbvio, não é o caso). Os governos estaduais poderiam reivindicar essa atribuição, mediante convênio –como foi feito no passado, por pouco tempo. Mas não têm o menor interesse em meter a mão no vespeiro, optando por preservar o gato-orçamentário, isto é, o financiamento privado (informal e ilegal) da segurança pública. Eis, portanto, o Estado despudoradamente partido: um pé na legalidade, outro na ilegalidade.


O problema maior (há vários outros muito sérios) é este: sob o manto da negligência oficial, prosperam dinâmicas benignas e malignas. As primeiras, a despeito dos males que causam (os já referidos e outros), representam esforços honestos (ainda que ilegais) de homens e mulheres policiais que apenas lutam para completar sua renda. As dinâmicas malignas começam nas ações de policiais corruptos que provocam insegurança para vender segurança; prosseguem na formação de esquadrões da morte e grupos de extermínio; e alcançam o patamar superior de degradação e gravidade quando deságuam na organização de milícias.


Por isso, o livro Elite da Tropa 2 lança este alerta à sociedade: ainda que só o Rio conheça as manifestações mais articuladas e perigosas das milícias, o ovo da serpente já se espalhou pelo país. Até quando os governos continuarão deitados em berço esplêndido, se ufanando do crescimento econômico, alheios ao veneno que avança na retaguarda do Estado, alimentado pelo gato orçamentário e suas implicações?


Fonte: Blog: luizeduardosoares.blogspot.com

quarta-feira, 16 de março de 2011

VIVER DESPENTEADA... (Desconheço o autor)




VIVER DESPENTEADA...
"Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade...
O mundo é louco, definitivamente louco...
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia...
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível...
Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado... mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida. É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria... e talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenha que me sentir bonita... A pessoa mais bonita que posso ser!

O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:
Entregue-se, coma coisas gostosas, beije, abrace, dance, apaixone-se, relaxe, viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, corra, voe, cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável!
Admire a paisagem, aproveite, e acima de tudo, deixa a vida te despentear!

O pior que pode acontecer é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo..."

(Autor Desconhecido)


quarta-feira, 2 de março de 2011

EU, MODO DE USAR


Esse texto da Martha Medeiros é um dos meus favoritos...
Identifico-me com ele porque é como se ela tivesse escrito o que eu sempre quiz dizer e não sabia como!
Ele traduz exatamente o como eu acho que qualquer mulher deve ser "usada" em um relacionamento. rsrsrs... Sempre que leio crônicas, textos ou poemas da Martha (quanta intimidade! rsrs...), penso que ela tá falando diretamente pra mim ou o que eu queria dizer sobre algum assunto...
É impressionante! É gostoso demais ler Martha Medeiros!
Lê aí pra ver... Espero que você goste também e se torne fã dessa autora, assim como eu!
Beijos,
Paty


© Martha Medeiros - EU, MODO DE USAR:


"eu,
modo de usar:

pode invadir ou chegar com delicadeza
mas não tão devagar que me faça dormir
não grite comigo tenho o péssimo hábito de revidar
acordo pela manhã com ótimo humor
mas permita que eu escove os dentes primeiro
toque muito em mim, principalmente nos cabelos
e minta sobre a minha nocauteante beleza
tenho vida própria, me faça sentir saudades
conte umas coisas que me façam rir
mas não conte piadas
nem seja preconceituoso, não perca tempo
cultivando este tipo de herança de seus pais
viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim
para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude
eu saio em conta, você não gastará muito comigo
acredite nas verdades que digo e nas mentiras
elas serão raras e sempre por uma boa causa
respeite meu choro, me deixe sozinha
só volte quando eu chamar, e não me obedeça sempre
que eu também gosto de ser contrariada
(então fique comigo quando eu chorar, combinado)
seja mais forte que eu e menos altruísta
não se vista tão bem, gosto de camisas pra fora da calça
gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço
reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto
boca, cabelo, os pelos no peito e um joelho esfolado
você tem que se esfolar às vezes, mesmo na sua idade
leia, escolha seus próprios livros, releia-os
odeie a vida doméstica e os agitos noturnos
seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate
que isso é coisa de gente triste
não seja escravo da televisão, nem xiíta contra
nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai
invente um papel pra você que ainda não tenha sido
preenchido
e o inverta às vezes, me enlouqueça uma vez por mês
mas me faça uma louca boa, uma louca que ache graça
e tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca
goste de música e de sexo, goste de um esporte não
muito banal
não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa
apresentar sua familia, isso a gente vê depois, se calhar
deixe eu dirigir seu carro, aquele carro que você adora
quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras
mulheres
tenha amigos e digam muita bobagem juntos
não me conte seus segredos, me faça massagem nas costas
não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções,
me rapte
se nada disso funcionar
experimente me amar"


(Texto 62 do livro "Cartas Extraviadas e outros Poemas" de Martha Medeiros, p.82-84)

terça-feira, 1 de março de 2011

Um dia qualquer para ser feliz...


UM DIA QUALQUER PARA SER FELIZ...

Hoje, um dia como outro qualquer...
Trás com ele a certeza de que outros dias virão por aí...
Dias melhores...
Dias de descobertas, reflexões, felicidade, mágoas, realizações, decepções, surpresas, tristezas, alegrias, desencontros, realizações, dores, encantos, dúvidas, sabedoria, enfim, tudo que temos direito...
Cada dia é ÚNICO...

Vida, seja ela qual for, é feita de dias...
Um atrás do outro, um depois do outro, um complementando o outro...
Dias para aproveitar ao máximo...
A vida é curta...
Diante de tudo que a curta vida tem para proporcionar a cada ser vivo, não é feliz quem não souber aproveitá-la...
Aproveitar um dia de cada vez... ao máximo!
Sem medo de ser FELIZ!

Façamos dos nossos dias, dias melhores...
Vamos respeitar o próximo...
Vamos amar mais...
Vamos dar mais valor a quem amamos...
Vamos espalhar a alegria...
Vamos usar da gentileza...
Vamos ser solidários...
Vamos juntos construir um mundo melhor para viver!

Viver um dia por vez e aproveitá-lo o máximo: SER FELIZ!

Beijos!
Patrícia Mena

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Pessoa Errada...


A PESSOA ERRADA ( LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO )

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa certa faz tudo certinho.

Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente está precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.

A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira

A pessoa errada é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.

A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo.
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que Ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada.

Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente...
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.



domingo, 27 de fevereiro de 2011

Guardar uma coisa não é escondê-la...


Poema de Antônio Cícero, irmão e parceiro musical de Marina Lima...


"Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la
Em cofre não se guarda coisa alguma
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
do que um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
para guardá-lo:
para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarda o que quer que guarda um poema:
por isso o lance de um poema:
por guardar-se o que se quer guardar."

O Vendedor de Sonhos - O Chamado - AUGUSTO CURY




Vamos a mais uma dica de livro: O Vendedor de Sonhos - O Chamado, de Augusto Cury.
Quando leio Augusto Cury, sempre fico revendo meus conceitos e repenso várias coisas... Ele me ensina a observar melhor as coisas ao meu redor. Acho sua leitura contagiante. Consegue misturar risos, choro e reflexões em um mesmo livro e considero isso: fantastico! É uma leitura fácil e uma ótima opção de distração nas horas vagas! A experiência e inteligência do autor estão presentes em todas as páginas, através de mensagens poderosas que podem iluminar e transformar a vida de muitos...

O livro traz uma história leve, com personagens simples e despretensiosos, que fazem com que cada leitor reflita sobre seus preconceitos, dilemas pessoais e principalmente sobre a sua capacidade de vender sonhos... Coisa que todos nós deveríamos fazer, pois todos nós precisamos ter mais tempo para nós mesmos, para os que nos são caros e não fazer do trabalho o único objetivo da vida! Devemos viver melhor e conviver mais com as pessoas que amamos, pois a vida é curta...

Uma das frases que me chamou a atenção foi: "O coração não reclama motivos para pulsar." (pg. 56) O coração apenas faz o seu papel, sem cobrar nada... e é assim que percebo a vida... Vamos apenas viver da melhor maneira possível e transformar esse mundo em um grande mercado de sonhos!!!

Eu gostei muito deste livro e da continuação que é: O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos... que eu li antes e postei antes também... rsrsrsrs...


Sinopse

"Um homem desconhecido tenta salvar da morte um suicida. Ninguém sabe sua origem, seu nome sua história. Proclama aos quatro ventos que a sociedades modernas se converteram num hospício Global. Com uma eloqüência cativante, começa a chamar seguidores para vender sonhos. Ao mesmo tempo em que arrebata as pessoas e as liberta do cárcere da rotina, arruma muitos inimigos. Será ele um sábio ou um louco? Este é uma romance que nos fará rir chorar e pensar muito."




MESMO ASSIM



Já disse e repito... adoro a Martha Medeiros e suas crônicas sempre me fazem refletir muito...Espero que vocês gostem também! beijosssss...
Paty


© Martha Medeiros - Mesmo Assim
“Como é que você pode continuar gostando de um cara tão instável, que num dia te adora e no outro mal fala contigo?”
“Não acredito que você ainda está parado na desta garota. Cara, ela dá o maior mole pra todo mundo… tudo bem, é o jeitinho dela, mas, ó, te liga”.
“Ele é muito querido, muito engraçado, mas também muito vadio: você vai passar fome ao lado deste homem!”
“O que adianta ela ser bonita, rapaz? Te trata como escravo”.


É ótimo ter amigos, principalmente amigos que se preocupam com a gente. Mas, quando o assunto é amor, conselhos servem pra nada. Não que os amigos estejam errados, ao contrário: a gente sabe que eles estão com toda a razão, que eles estão vendo tudo aquilo que a gente finge não ver. O problema é que o amor não tem lógica. Você reconhece que a pessoa não serve pra você, mas a considera simplesmente a-do-rá-vel.

Você sabe que ela, ELA, o grande amor da sua vida, é uma maluca de carteirinha, a maior viajandona do planeta, não diz coisa com coisa, e tem a estranha mania de se trancar no quarto por três dias seguidos, sem sair, sem abrir a porta, sem atender o telefone. Aí um belo dia ela sai e não dá a menor satisfação pra ninguém. Você consegue se imaginar vivendo com alguém assim? Não, mas também não consegue se imaginar vivendo sem.

E você aí, mulher. Enroladíssima com aquele cara, você sabe quem. Ele não tem o melhor caráter do mundo. Não tem o melhor currículo do mundo. Mas tem o melhor beijo do mundo e você, cada vez que ensaia dizer não, acaba dizendo sim, sim, sim. Porque você o ama. Mesmo ele sendo meio rude, meio ingrato, meio sonso. Mesmo assim.

Vou ficar torcendo para que nenhum desses exemplos caia como uma luva pra você. Desejo que tudo isso que foi escrito seja pura ficção pra você, que você nunca passe por uma doideira dessas. Mas não esqueça que doidas e doidos também são apaixonantes. Assim como os inconstantes e as ciumentas. E os alienados e as histéricas. Todos uma praga, todos cativantes. Ninguém está livre de topar com o cara errado e a garota mais encrenqueira, e amá-los muito, mesmo assim.
(Texto retirado do Livro Montanha-Russa de Martha Medeiros...)

sábado, 12 de fevereiro de 2011


"É pela intuição que descobrimos e pela lógica que provocamos"
(Henry Poincaré)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A FARSA - Christopher Reich

Adorei esse livro... O autor consegue empolgar e a gente acaba querendo chegar ao final do livro o mais rápido possível! Com uma narrativa fácil, repleta de aventuras, intrigas e suspense. É adrenalina pura do início ao fim... Muito bom! Recomendo!

Livro: A FARSA
Título Original: RULES OF DECEPCION
Autor: Christopher Reich
Tradutor(a): Fernanda Abreu
Gênero: Ficção
Seguimento: Literatura Estrangeira
Ano da Edição da Obra: 2008
Ano da 1ª. Edição Brasileira: 2009
Editora: SEXTANTE
ISBN: 9788599296417
No. de Páginas: 336
Formato: 16 x 23 cm
Acabamento: Brochura


Resenha:

O livro A FARSA conta a história de Jonathan Ransom, cirurgião da ONG Médicos sem Fronteiras uma instituição que trabalha cuidando de feridos no mundo inteiro. Sempre acostumado a viajar a trabalho ao lado de Emma, sua esposa, para os lugares mais distantes e inóspitos do mundo.

Durante uma viagem à Suíça, os dois aventureiros decidem escalar os Alpes. Durante a escalada uma forte avalanche se aproxima e Emma se acidenta e morre ao despencar no fundo de uma greta.

Vinte e quatro horas depois do acidente, o gerente do hotel lhe entrega um envelope, endereçado a sua mulher, com bilhetes para resgatar duas misteriosas malas na estação de trem. Ao pegar as malas, ele é atacado por dois homens que tentam tirá-las dele - que descobre serem policiais suíços - e durante a batalha travada acaba assassinando um dos policiais e deixando o outro muito ferido. Depois disso, uma sequência de fatos inesperados muda completamente a vida de Jonathan... e esta nunca mais voltará a ser a mesma.

Ele jamais poderia imaginar que a situação pudesse ficar ainda pior, mas se assusta ainda mais quando vê o conteúdo das malas: uma chave de Mercedes-Benz, um mapa indicando onde o carro estaria estacionado, dinheiro, roupas sensuais, jóias, objetos misteriosos, uma carteira de motorista falsa com a foto de Emma e com o nome de uma tal Eva Kruger.

Jonathan ficou confuso. Oito anos de casamento... Como podia desconhecer aquilo tudo? Quem era a mulher com quem havia casado? Nada do que pensava saber sobre a identidade de sua esposa era real e ao perceber isso, passa a buscar a verdade de forma incansável e termina preso numa teia de mentiras que ampara um esquema extremamente perigoso, envolvendo assassinatos, intrigas, perseguições, desconfianças, políticos importantes, armamento nuclear, identidades falsas e muitas dúvidas.

Sendo acusado de assassinatos e terrorismo, alvo de um matador profissional, cercado de inimigos por todos os lados e encontrando-se num beco sem saída, ele é obrigado a fugir para tentar descobrir a verdade e provar sua inocência.

Escritor internacional e considerado um mestre do suspense e da espionagem, Christopher Reich combina personagens envolventes e fatos extraordinários neste brilhante livro repleto de suspense, surpresas e intrigantes revelações.
Uma palavra que define esse livro: "INTRIGANTE."

Um, dois e...



© Martha Medeiros - Poema de Marta Medeiros...

um, dois e… quando me dou conta, já fui, me joguei
antes de contar até três disse o que não era para ser dito
fiz coisas que não era para ter feito
me arrebento rápido, nem dói de tão ligeiro
mentira, dói de qualquer jeito
.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Quindins na Portaria

Um texto de Martha Medeiros é sempre algo que nos faz refletir...
Sou até suspeita para falar, porque gosto muito de tudo que ela escreve...
Às vezes tenho a impressão que ela está escrevendo pra mim., rsrs... quanta pretenção, mas é o que eu sinto!
Sua linguagem é simples, fácil de entender, mexe com nossos sentimentos, além é claro de nos fazer pensar de forma diferente sobre certas coisas da vida! Adoro esse texto e espero que vocês possam saboreá-lo como eu...


© Martha Medeiros - Quindins na Portaria

"Estava lendo o novo livro do Paulo Hecker Filho, Fidelidades, onde, numa de suas prosas poéticas, ele conta que, antigamente, deixava bilhetes, livros e quindins na portaria do prédio de Mário Quintana: "Para estar ao lado sem pesar com a presença". Há outras histórias e poemas interessantes no livro, mas me detive nesta frase porque não pesar aos outros com nossa presença é um raro estalo de sensibilidade.

Para a maioria das pessoas, isso que chamo de um raro estalo de sensibilidade tem outro nome: frescura.
Afinal, todo mundo gosta de carinho, todo mundo quer ser visitado, ninguém pesa com sua presença num mundo já tão individualista e solitário.

Ah, pesa.
Até mesmo uma relação íntima exige certos cuidados.
Eu bato na porta antes de entrar no quarto das minhas filhas e na de meu próprio quarto, se sei que está ocupado. Eu pergunto para minha mãe se ela está livre antes de prosseguir com uma conversa por telefone. Eu não faço visitas inesperadas a ninguém, a não ser em caso de urgência, mas até minhas urgências tive a sorte de que fossem delicadas.

Pessoas não ficam sentadas em seus sofás aguardando a chegada do Messias, o que dirá a do vizinho.
Pessoas estão jantando. Pessoas estão preocupadas. Pessoas estão com o seu blusão preferido, aquele meio sujo e rasgado, que elas só usam quando ninguém está vendo. Pessoas estão chorando. Pessoas estão assistindo a seu programa de tevê favorito. Pessoas estão se amando. Avise que está a caminho. Frescura, jura? Então tá, frescura, que seja.
Adoro e-mails justamente porque são sempre bem-vindos, e posso retribuí-los, sabendo que nada interromperei do lado de lá. Sem falar que encurtam o caminho para a intimidade. Dizemos pelo computador coisas que, face a face, seriam mais trabalhosas. Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo? Nem se discute que o encontro é sagrado. Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios.

Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela. Quando mando flores, vou junto com o cartão. Já visitei um pequeno lugarejo só para sentir o impacto que uma pessoa querida havia sentido, anos antes. Também é estar junto.

Sendo assim, bilhetes, e-mails, livros e quindins na portaria não é distância: é só um outro tipo de abraço."